The path I took was in Vale do Pati, which consists of a seven day trek, cruzando transversalmente o parque da Chapada. Inicia no Município de Guiné e vai ate Andarai.
Percorremos cerca de 65 km, não existe possibilidade de fazer esse trajeto de carro, portanto caminhamos apenas.
O Trekking no Vale é bem rústico, não existem pousadas, os abrigos obrigatórios são as próprias casas dos moradores que as adaptaram para receber turistas. Não podem haver novas construções, portanto só podem ser reformadas ou ampliadas as existentes; ou uma nova casa, se algum membro da família (filhos dos moradores) formar outra família. Bem curioso isso.
O primeiro abrigo depois de Guiné é também o principal do Vale, conhecido como Abrigo da Igrejinha e quem o administra é o Sr. João. Nesse permanecemos por duas noites, utilizamos como ponto de partida para trechos de um dia, como bate a volta.
No primeiro dia, fizemos o trecho Guiné x Igrejinha, em cerca de 5 horas, estávamos muito carregados e o trecho inicial foi barra pesada para mim, que não estava muito acostumado com isso. Lá no alto faz muito frio, mesmo sendo no Estado da Bahia, pegamos seis graus no primeiro dia, a solução foi dormir cedo para fugir do frio.
No segundo dia, após um cafe da manha típico da Chapada, fomos sem peso em direção ao Cachoeirão, cerca de 3 km de distancia. A visão que temos do cachoeirao é incrível, pena que o tempo estava seco, a cascata estava bem vazia, retornamos para Igrejinha.
Terceiro dia foi o desafio maior, fomos rumo ao ataque ao morro do Castelo, ponto mais alto de todo o trajeto. Subida exaustiva pelo meio da Floresta, muita umidade, trilha difícil e perigosa, com necessidade de utilizar as mãos em diversos pontos para auxiliar e dar segurança. retornamos para a Igrejinha para nossa última noite.
Partimos no quarto dia bem cedo, em direção a outro abrigo que chamam de Prefeitura, na verdade tem esse nome por já ter servido como posto avançado daquele órgão, mas hoje serve como abrigo e moradia para o Sr. Jailson. Pernoitamos na prefeitura.
Quinto dia saímos bem cedo em direção a Cachoeira do Calisto, muito difícil e longo trajeto, mas a vista compensou bastante, conseguimos retornar cedo ainda a Prefeitura, almoçamos e partimos novamente, agora em direção ao poço das árvores, outra queda agua belíssima que termina em um grande poço ideal para mergulho.
Sexto dia partimos mais uma vez muito cedo, agora em direção a casa da Dona Linda, abrigo mais rústico entre todos do Vale, sem energia elétrica, nesse nem bateria para LED existe.
Dona Linda é muito apegada as tradições e por isso todos os guias curtem muito as conversas e convívio com ela.
Sétimo e último dia de caminhadas, partimos ainda de madrugada, café da manhã ultra reforçado para conseguir encarar a subida final, desta vez para sair do vale. Como o corpo estava acostumado, conseguimos fazer em um tempo bem razoável pelo peso que estávamos carregando, conseguimos chegar a Andarai por volta das 10:30 da manhã.
Como bonus pela hora que conseguimos chegar, incrementamos nosso desafio dessa vez já de carro fomos em direção ao poço azul. Trata-se de uma caverna abaixo do nível do piso cerca de 17 metros, que liga através de lençol freático a um rio próximo, devido a formação calcarea da região, a agua nesse poço é límpida ao extremo, e para alegria de todos, o que faz toda a fama desse local é o feixe de luz do sol que consegue chegar a agua em algumas épocas do ano, por sorte estávamos no momento certo.
Após algumas horas, partimos para ver o por do sol no morro do Pai Inacio, acredito ser o ponto mais conhecido da Chapada, sua beleza plástica assusta quem nunca havia antes estado lá.
Fim da visita, retornamos ao nosso ponto de partida que foi a Cidade de Lençois e embarcar de ônibus em direção a Salvador.
Difícil descrever as experiencias apenas por palavras.
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